Associação Entre “Shuttle Run” E “Shuttle Run” Com Bola E Sua Relação Com O Desempenho Do Passe No Futebol

Artigo publicado na Revista Brasileira de Ciência e Movimento em 2006. Escrito por Leonardo José da Silva, Douglas Roque Andrade, Luís Carlos de Oliveira, Timóteo Leandro de Araújo, Ana Paula Silva e Victor Keihan Rodrigues Matsudo. Os objetivos do estudo foram: verificar a associação entre os testes de agilidade “Shuttle Run” (SR) e “Shuttle Run” com bola (SRB) em jogadores de futebol em diferentes categorias, posição de jogo e estágios maturacionais; e determinar a associação entre o SRB e o desempenho do passe em partida oficial.

Métodos: 96 meninos, entre 10 e 17 anos, divididos em quatro categorias: pré-mirim, mirim, infantil e juvenil, considerando ainda a posição de jogo (laterais, zagueiros, volantes, meio-atacantes e atacantes); e estágios maturacionais: pré púbere, púbere e pós púbere. Foram analisadas as variáveis: peso, estatura, maturação sexual, agilidade (SR) e agilidade específica para jogadores de futebol (SRB). Foi determinada a correlação entre a agilidade dos praticantes e o desempenho do passe na partida, mediante a avaliação de 4 jogos (2 vitórias e 2 derrotas). Resultados: Quando analisados todos os jogadores, encontramos uma correlação moderada significativa (r = 0,66) entre os testes SR e SRB. As associações encontradas em todas as posições variaram de baixa (r= 0,34) a alta (r = 0,81), evidenciando correlação alta e significativa nos zagueiros (r= 0,81), moderada significativa nos atacantes (r= 0,51), laterais (r=0,58) e volantes (r= 0,68). Correlação baixa não significativa foi encontrada somente entre os meio-atacantes (r=0,51). Foi evidenciada alta correlação entre SR e SRB na categoria juvenil (r= 0,78) e moderada nas categorias infantil (r= 0,63), mirim (r= 0,64) e pré-mirim (r=0,64), todos os valores foram significativos. Nos estágios de maturação sexual foram evidenciadas correlações moderadas significativas entre os testes, pré-púbere (r= 0,56),
púbere (r= 0,61) e pós-púbere (r= 0,63). Os resultados encontrados mostraram correlação negativa, moderada e significativa (r= -0,40) entre o teste SRB e o desempenho do passe bom com coeficiente de determinação de 16%. Conclusão: O conjunto dessas informações permitiu concluir que o teste de SRB mede dimensões de agilidade que o teste de SR comum não alcançou, sugerindo, desta forma, que o SRB possa estar medindo uma agilidade mais específica, ou mais própria para o futebol. A associação significativa entre SRB e o desempenho do passe bom indica que o SRB pode predizer a qualidade do passe em situação real de jogo no futebol.

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