Atividade Física E Saúde Na Infancia E Adolecencia

Posicionamento oficial publicado na Revista Brasileira de Medicina do Esporte em 1998. Escrito por José Kawazoe Lazzoli, Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, Tales de Carvalho, Marcos Aurélio Brazão de Oliveira, José Antônio Caldas Teixeira, Marcelo Bichels Leitão, Neiva Leite, Flavia Meyer, Felix Albuquerque Drummond, Marcelo Salazar da Veiga Pessoa, Luciano Rezende, Eduardo Henrique De Rose, Sergio Toledo Barbosa, João Ricardo Turra Magni, Ricardo Munir Nahas, Glaycon Michels e Victor Keihan Rodrigues Matsudo. Este documento, elaborado por médicos especialistas em exercício e esporte, baseia-se em conceitos científicos e na experiência clínica, tendo como objetivos: 1) estabelecer os benefícios da atividade física na criança e no adolescente.

Um estilo de vida ativo em adultos está associado a uma redução da incidência de várias doenças crônico-degenerativas bem como a uma redução da mortalidade cardiovascular e geral. Em crianças e adolescentes, um maior nível de atividade física contribui para melhorar o perfil lipídico e metabóli-
co e reduzir a prevalência de obesidade. Ainda, é mais provável que uma criança fisicamente ativa se torne um adulto também ativo. Em conseqüência, do ponto de vista de saúde pública e medicina preventiva, promover a atividade física na infância e na adolescência significa estabelecer uma base só-
lida para a redução da prevalência do sedentarismo na idade adulta, contribuindo desta forma para uma melhor qualidade de vida. Nesse contexto, ressaltamos que a atividade física é qualquer movimento como resultado de contração muscular esquelética que aumente o gasto energético acima do repouso
e não necessariamente a prática desportiva. Este documento, elaborado por médicos especialistas em exercício e esporte, baseia-se em conceitos científicos e na experiência clínica, tendo como objetivos: 1) estabelecer os benefícios da atividade física na criança e no adolescente; 2) caracterizar os elementos de avaliação e prescrição do exercício para a saúde nessa faixa etária; 3) estimular a recomenda-
ção e a prática da atividade física nas crianças e adolescentes, mesmo na presença de doenças crônicas, visto que são raras as contra-indicações absolutas.

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