Dietary Intake Of Brazilian Adolescents
Artigo publicado no Public Health Nutrition em 2014. Escrito por Catarina Machado Azeredo, Leandro Fornias Machado de Rezende , Daniela Silva Canella, Rafael Moreira Claro, Inês Rugani Ribeiro de Castro, Olinda do Carmo Luiz e Renata Bertazzi Levy. O artigo teve como objetivo analisar o consumo alimentar de adolescentes brasileiros e investigar sua associação com fatores sociodemográficos e comportamentos de risco e de proteção à saúde.
Delineamento: Estudo transversal. Cenário: O estudo baseou-se nos dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (2012) sobre fatores sociodemográficos, consumo alimentar e comportamentos de risco e de proteção à saúde de escolares no Brasil. Foi elaborada uma escala nutricional combinando marcadores de dietas saudáveis e não saudáveis. A análise de regressão de Poisson foi aplicada para investigar a associação entre os fatores sociodemográficos e o consumo regular (≥5 vezes/semana) dos alimentos selecionados; a análise de regressão linear foi aplicada para investigar a associação dos fatores sociodemográficos e comportamentais com o escore da escala nutricional. Sujeitos: Um total de 109.104 adolescentes cursando o nono ano do ensino fundamental em 2.842 escolas do Brasil. Resultados: Menos de 30% dos adolescentes consumiam regularmente hortaliças cruas ou cozidas, enquanto mais de um terço referiu consumo regular de doces, refrigerantes e biscoitos doces. Os adolescentes da zona sul e os mais velhos foram os mais expostos ao consumo alimentar inadequado. A pontuação média da escala nutricional foi maior nos alunos da escola pública e apresentou correlação positiva com comportamentos protetores, como ser fisicamente ativo, fazer refeições com os pais e tomar café da manhã, e correlação negativa com comportamentos de risco, como comer enquanto estuda ou assiste televisão e ter fumado, bebido álcool ou usado outras drogas nos últimos 30 d. Conclusões: Os resultados indicam associação entre hábitos alimentares indesejáveis e outros comportamentos de risco em adolescentes brasileiros.