Estudo longitudinal – Tracking de 10 anos – da aptidão física e capacidade funcional de mulheres adultas praticantes de atividade física
Artigo publicado na Revista Diagnóstico e Tratamento em 2023. Escrito por Fernando Pereira de Morais, João Pedro da Silva Junior, Josivaldo de Souza Lima, Raiany Rosa Bergamo, Timóteo Leandro Araújo, Sandra Marcela Mahecha
Contexto e objetivo: Diversos benefícios são advindos da prática da atividade física durante o envelhecimento, porém poucos são os achados que apresentem os dados ao longo do tempo. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar a estabilidade das variáveis da aptidão física e capacidade funcional de mulheres adultas praticantes de atividade física em um período de 10 anos. Desenho e local: Estudo longitudinal com mulheres de São Caetano do Sul. Métodos: A amostra foi composta por 157 mulheres com idade entre 45 e 86 anos (65,7 ± 6,7), analisadas em quatro intervalos de tempo: baseline, 6, 8 e 10 anos, todas praticantes de atividade física. A avaliação incluiu variáveis antropométricas, neuromotoras e de capacidade funcional. A análise estatística utilizada foi o teste t de Student, correlação de Spearman Rho e delta percentual. O nível de significância adotado foi de P < 0,01. Resultados: Os resultados apresentaram correlações de estabilidade alta e significante (rho = 0,64 a 0,87) nos três grupos nas variáveis índice de massa corporal, adiposidade, força de membros superiores, flexibilidade e agilidade. O acompanhamento de 6 a 10 anos evidenciou diferenças significantes de força de membros superiores, inferiores, agilidade e equilíbrio, sendo expressa pela redução da força de membros superiores de 8% a 13%, força de membros inferiores de 18% a 21%, agilidade de 18% a 19% e equilíbrio de 28% a 34%. Conclusão: Houve estabilidade das variáveis antropométricas, neuromotoras, capacidade funcional e equilíbrio de mulheres adultas praticantes de atividade física, mesmo apresentando redução significativa nas variáveis citadas anteriormente.