Fatores associados à saúde, autonomia e funcionalidade de acordo com a participação em programas de atividade física comunitário no SUS: a experiência do Programa Agita São Paulo

Artigo publicado na BVS – Ministério da Saúde em 2023. Pelos autores Rodrigo Gonçalves Ferreira, Diego Rafael Lemos Sales, Pedro Paulo de Oliveira Moda, Raiany Rosa Bergamo, João Pedro da da Silva Junior, Victor Keihan Rodrigues Matsudo.

Introdução: Atender às recomendações de atividade física (AF) tem sido uma estratégia não medicamentosa frequentemente utilizada com o objetivo de prevenir e tratar diversas doen- ças como hipertensão, diabetes, câncer e obesidade, impactando diretamente na redução de morte prematura por doenças cardiovasculares, redução de medicamentos, capacidade funcional, e percepção de saúde. Recentemente na atualização da estratégia a OMS estabeleceu como meta uma redução de 15% no sedentarismo mundial e de 10% nos países da América Latina.
Objetivo: Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi o de comparar e predizer os fatores associados à saúde da população de acordo com a participação em programas de atividade física ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em cidades parceiras do Programa Agita São Paulo. Desenho e local: Estudo transversal desenvolvido em Peruíbe – SP, Macaubal – SP, Piacatu – SP e Loanda – PR. Métodos: Amostra por conveniência (n=737) de municípios parceiros do Programa Agita São Paulo, sendo 381 envolvidos em programa de atividade física e 356 que não participavam. O nível de atividade física e comportamento sedentário foram mensurados pelo IPAQ curto versão 8, a Avaliação da Funcionalidade Global feita pela Medida de Independência Funcional (MIF). As comparações dos dados foram feitas pelo Qui-quadrado, teste t de Student para amostras independentes e teste de U de Mann Whitney, com significância de P < 0,05. Resultados: O grupo praticante de atividade física apresentou uma ótima percepção de saúde, não apresentou dificuldades nas atividades de mudanças de plano, de autocuidado e de locomoção em relação ao grupo que não participava. Apresentaram uma expressiva ausência de quedas no último ano e não hábito de fumar, uma menor necessidade de remédios regulares/dia e consultas/ano. Realizaram 19,2 min/dia de caminhada a mais que o grupo não participante. Conclusão: A participação em programas de atividade física promoveu maior envolvimento na prática da atividade física durante a semana e melhor percepção de saúde, autonomia e funcionalidade evidenciando a efetividade dos programas de atividade física na promoção de saúde.

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