Health-Related Factors Correlate With Behaviortrends In Physical Activity Level In Old Age: Longitudinal Results From A Population In Sãopaulo, Brazil
Artigo publicado na BMC Public Health em 2010. Escrito por Marcela T Ferreira, Sandra Marcela Mahecha Matsudo, Manoel CSA Ribeiro, Luiz R Ramos. O artigo tem como objetivo identificar variáveis que afetam de forma independente as tendências de comportamento no nível de atividade física ao longo do curso de dois anos entre os idosos.
Palavras-chave
A inatividade física no lazer é comum entre os idosos no Brasil e esse achado é particularmente preocupante considerando que essa população é muito acometida por doenças crônicas. A identificação dos fatores de saúde que influenciam o nível de atividade física (NAF) auxiliará no desenvolvimento de estratégias para aumentar o NAF de idosos. Métodos: Uma pesquisa intitulada Projeto Epidoso (“Epidemiologia do envelhecimento”) estudou 1.667 idosos comunitários indivíduos na cidade de São Paulo, Brasil, ao longo de dois anos. O nível de atividade física foi determinado através questões sobre frequência e duração das atividades físicas. O Índice de Massa Corporal foi calculado; capacidade funcional foi avaliada por meio da escala AVD (atividades da vida diária); a cognição foi avaliada pelo Mini-Mental State Exame; e a saúde mental foi avaliada através do Dysthymia Screening. Experiências de quedas e fraturas também foram avaliados. Os indivíduos foram divididos em três grupos de acordo com seu autorrelato de nível de atividade física: a – Regularmente Ativo; b – Insuficientemente Ativo e c – Fisicamente Inativo. Tendências de comportamento em NAF também foram medidas depois de dois anos. A metodologia do modelo de regressão multivariada foi utilizada para testar as associações longitudinalmente. Resultados: Os resultados do modelo final demonstraram que o risco de uma tendência de comportamento desfavorável no NAF, que incluíram o grupo que permaneceu fisicamente inativo e o grupo que apresentou diminuição do NAF, nesta coorte de adultos mais velhos aumentou significativamente se o indivíduo era do sexo feminino (OR = 2,50; IC 95% = 1,60-3,89; P <0,01), mais velhos (80 anos vs. 65 anos, OR = 6,29, IC 95% = 2,69-14,67; P < 0,01), dependente da ajuda de outras pessoas para atividades no Escala ADL (moderado-grave = 4-7+ vs. 0 AVDs) (OR = 2,25, IC 95% = 1,20-4,21; P <0,011) ou experimentou uma história de quedas com consequências (OR = 6,88, IC 95% = 0,91-52,01; P < 0,062). Conclusões: Idade, gênero, escores de AVD e quedas foram associados a uma tendência de comportamento não favorável no NAF. Os programas de promoção devem visar esses fatores, reduzindo as barreiras para alcançar as mudanças desejadas no NAF.