Relationship Between Obesity And Biochemical Markers In Brazilian Adolescents
Artigo publicado na Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano em 2014. Escrito por Alexandre Romero, Leandro Fornias Machado de Rezende, Simone Cristina Scarpa Romero e Betzabeth Slater Villar. O objetivo deste estudo foi descrever a prevalência de marcadores bioquímicos e associados à obesidade em adolescentes brasileiros matriculados em escolas públicas da zona rural.
Palavras-chave
A amostra foi composta por 199 adolescentes de 10 a 14 anos de Piracicaba, Brasil. A obesidade foi medida pelo índice de massa corporal (IMC) e segundo as curvas da Organização Mundial da Saúde. Coletamos sangue para análise de marcadores bioquímicos (colesterol total, lipoproteína de alta densidade, lipoproteína de baixa densidade, triacilglicerol, insulina e glicemia). O teste de Mann Whitney foi utilizado para comparar variáveis contínuas entre os sexos. O teste qui-quadrado foi utilizado para comparar proporções. Para investigar a associação entre as variáveis independentes e marcadores bioquímicos foi realizado um modelo de regressão logística múltipla. Entre 199 adolescentes, 23,1% eram obesos e 65,8% insuficientemente ativos. Observou-se alta prevalência de dislipidemia (71,4%), sendo os baixos níveis de lipoproteína de alta densidade (40,7%) os mais prevalentes. Foi encontrada associação entre obesidade e valores indesejáveis para lipoproteína de alta densidade, triacilglicerol e resistência à insulina. Adolescentes obesos apresentaram menor probabilidade de apresentar valor desejável para lipoproteína de alta densidade. Entende-se que a obesidade é prejudicial ao perfil metabólico e deve ser prevenida e tratada ainda na adolescência.