Sociodemographic And Behavioral Factors Associated With Physical Activity In Brazilian Adolescents
Artigo publicado na Public Health em 2014. Escrito por Leandro Fornias Machado de Rezende, Catarina Machado Azeredo, Daniela Silva Canella, Rafael Moreira Claro, Inês Rugani Ribeiro de Castro, Renata Bertazzi Levy e Olinda do Carmo Luiz. Os objetivos deste estudo são 1) descrever a atividade física de adolescentes brasileiros nas aulas de educação física, no lazer e no deslocamento ativo e 2) investigar os fatores sociodemográficos e comportamentais associados à atividade física.
A atividade física em adolescentes está associada a benefícios de saúde a curto e longo prazo. A atividade física pode ocorrer em vários domínios e é influenciada por uma complexa rede de fatores. Métodos: A amostra representativa incluiu 109.104 alunos brasileiros do último ano do ensino fundamental de 2.842 escolas. A frequência semanal e a duração da atividade física foram avaliadas. Uma variedade de fatores sociodemográficos e comportamentais foram estudados. Uma análise de regressão múltipla de Poisson foi usada para testar associações entre atividade física e as variáveis sociodemográficas e comportamentais. Resultados: A maioria dos alunos (97,0%) pratica atividade física em pelo menos um dos domínios estudados, destacando-se a educação física escolar (81,7%) e a atividade física de lazer (67,5%). No entanto, apenas 29% dos adolescentes atingiram o nível recomendado de atividade física. Entre os adolescentes que atingiram o tempo mínimo recomendado para atividade física, os diversos domínios contribuíram com as seguintes proporções para a atividade física total: atividade física de lazer (RP 12,5; IC 95% 11,17-13,97), deslocamento ativo (RP 1,63; IC 95% 1,59-1,67) e educação física na escola (RP 1,36; IC 95% 1,29-1,44). A frequência semanal de todas as atividades foi maior entre os meninos do que entre as meninas. Além disso, quase dois terços (61,8%) dos alunos gastam mais de duas horas por dia em comportamentos sedentários; a prevalência de comportamentos sedentários foi semelhante entre meninos e meninas (59,0 e 64,5%, respectivamente). Nível total de atividade física, atividade física no lazer e deslocamento ativo foram associados a maiores escores nutricionais. Conclusões: A atividade física é importante em qualquer programa de promoção da saúde. Portanto, é necessário investir em políticas e iniciativas interinstitucionais que promovam todos os domínios e garantir que a população em geral ajude a definir o alcance e o desenho de tais políticas.